sexta-feira, 2 de junho de 2017

Miss Lene

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Miss Lene, uma rainha da era disco brasileira
O Brasil curtiu de montão o som dançante de Miss Lene, rainha absoluta das pistas de dança do país inteiro, imitada por dez entre dez crianças. “Quem é Ele?” e “Deixa a Música Tocar”, são músicas do repertório da cantora que ficou conhecida da noite para o dia. Revelada na “era disco”, logo na estréia fez sucesso fenomenal. Miss Lene nasceu em Fortaleza em oito de fevereiro de 1962, registrada pelos pais com o nome de Frankislene. No final dos anos 70 ela aparecia freqüentemente nos programas do Chacrinha, do Sílvio Santos, Fantástico e outros que necessitavam de artistas famosos, para assim, ganharem pontos no IBOPE. Você se lembra dela ou está tomando conhecimento só agora? Desde 1989 ela mora na Suíça, já conquistou a cidadania do país, e é tão bonita hoje, quanto na fase da estréia. Mãe de dois filhos adolescente (um é filho apenas do marido) e como empresária, ao lado do marido, administra a casa de shows Miss Lene. Com apenas 15 anos Miss Lene gravou seu primeiro LP. O disco que tem o seu nome vendeu uma quantia exorbitante, ultrapassando a marca de um milhão de cópias vendidas. Ela veio do Ceará, num período em que os seus conterrâneos Fagner, Amelinha e Ednardo já ostentavam os louros da fama. Na sua família, além da mãe, que era sua empresária, duas irmãs também seguiram a carreira artística, Mari Jô e Leda (falecida precocemente), com quem Miss Lene fez dupla antes de iniciar carreira solo.
Miss Lene destacou-se no segmento disco, movimento que varreu o país, fazendo as discotecas ferver na onda que veio do cinema. A moda, a música e a televisão, em especial a novela Dancin' Days de Gilberto Braga, foram usadas para difundir o ritmo importado num tempo em que tudo era motivo para dançar, de preferência, igual ao John Travolta no filme “Os Embalos de Sábado a Noite”. Miss Lene fez o Brasil inteiro dançar, mas naquela época nunca pôde ir à boate, porque pela idade ela preferia mesmo era a companhia das suas bonecas. Por ser uma adolescente, Miss Lene se comportava de acordo com sua idade, quando conheceu de perto Sílvio Santos e Chacrinha, pediu o autógrafo dos dois, também era fã de Sara e Lady Zu, suas contemporâneas e que juntas, eram as maiores representantes do gênero disco no Brasil. Miss Lene tinha a permissão da cantora Tina Charles para cantar suas músicas no Brasil, ela conheceu a rainha da disco music americana, num encontro promovido pela sua gravadora, a CBS. Miss Lene tinha uma rotina de estrela, cumpria sua agenda fazendo shows por todo o Brasil e se apresentando nos principais programas da tevê e do rádio. Foi imortalizada por Rita Lee na música “Arrombou a Festa II” (Rita Lee e Paulo Coelho -1979) “...Na onda discoteque da América do Sul, “Lenilda” é Miss Lene, Zuleide é Lady Zu...” . Apesar do nome Lenilda não ser o nome de Miss Lene. Além do LP de 1978, que fez enorme sucesso, Miss Lene gravou mais três compactos pela CBS, um LP por uma gravadora menor e mais dois compactos pela extinta gravadora do Chico Recarey, ganhou vários prêmios e discos de ouro.
Encontro com diva
No dia 10 de abril de 2006 estive com Miss Lene, que estava de férias visitando a família no Brasil, tínhamos uma entrevista agendada para esclarecimentos a respeito da carreira e da biografia e posso dizer que a cantora além da simpatia explícita, esbanja talento. Da longa conversa gravada, declarações inéditas da cantora sobre música. “Me liguei em música por influência da minha irmã, a Mari Jô. Eu sempre a via fazendo shows em teatros e fui gostando. Em casa, ficava imitando ela, cantando com um cabo de vassoura. Porém, foi minha mãe que me ensinou a me comportar no palco, ela ensaiava muito comigo e minha irmã. Em 73 e 74, a dupla Lena e Leda era conhecidíssima em Fortaleza.” (Leda, a irmã da cantora, faleceu num acidente automobilístico aos 18 anos, no Rio)
Miss Lene respondeFale sobre o sucesso repentino. Se não fosse a minha mãe, me dando forças, eu não saberia como reagir. Às vezes eu queria brincar com minha irmã, mas minha mãe dizia que não tínhamos mais tempo. E a fama? Foi uma coisa tão rápida na minha vida, que quando eu fui sentir, já estava em baixa, ela já tinha passado. Não deu para sentir muito, ela não passou de cinco anos. Lembro-me da correria que era, de não poder andar na rua, passear de bicicleta como as garotas da minha idade faziam, de não poder ir ao shopping fazer compras, das pessoas de todas as idades me pedindo autógrafos. Tinha sempre gente me olhando, me fotografando, me fazendo perguntas. Naquela fase eu não tinha privacidade alguma. Uma vez estava brincando com minhas amigas, cai e quebrei um braço, estava gritando de dor e veio um fotógrafo, fez a foto, no outro dia estava no jornal. Eu reclamava com minha mãe, que não podia fazer nada.

Miss Lene 1983 - Dance- Compacto

Miss Lene-Quero Mais

Selo Discos CBS
stereo/mono ano 1982-nacional

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